"TODAS AS COISAS POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE"

"AGRADÁ-TE DO SENHOR E ELE SATISFARÁ OS DESEJOS DO TEU CORAÇAO" salmo 37


Neste Blog, eu posso mostrar os meus lados: Apaixonado, Romântico, sonhador e até um pouco piegas!

Aqui eu posso brincar de escrever. Posso mostrar minha criatividade, um tanto narcisista, admito! Ninguém é perfeito! Aqui eu posso fingir que não tenho medos!
Aos verdadeiros escritores, poetas, peço desculpas por estes ensaios, pois o que escrevo é apenas reflexo do que sinto, sem grandes pretensões!
Se alguém se sentir ofendido, me perdoe, não foi esta a minha intenção!

quinta-feira, setembro 20, 2012

quinta-feira, agosto 30, 2012

As Dádivas dos Amantes - Carlos Pena Filho



Deu-lhe a mais limpa manha


  Deu-lhe a mais limpa manhã
Que o tempo ousara inventar.
Deu-lhe até a palavra lã,
E mais não podia dar.

Deu-lhe o azul que o céu possuí­a
Deu-lhe o verde da ramagem,
Deu-lhe o sol do meio dia
E uma colina selvagem.

Deu-lhe a lembrança passada
E a que ainda estava por vir,
Deu-lhe a bruma dissipada
Que conseguira reunir.

Deu-lhe o exato momento
Em que uma rosa floriu
Nascida do próprio vento;
Ela ainda mais exigiu.

Deu-lhe uns restos de luar
E um amanhecer violento
Que ardia dentro do mar.

Deu-lhe o frio esquecimento
E mais não podia dar.


Autor: Carlos Pena Filho

sábado, julho 28, 2012



Vieni da me il mio Amore... Venha pra mim meu Amor...

Venha pra mim meu amor...
Ainda envolto no véu deste sonho...
Guarde-me apertada no seu peito,
pois somos reféns dos nossos sentimentos ...
Venha com a força da saudade
desenhando meu corpo inteiro!
Redescubra-me com seus olhos
como se eu fosse mata...
pra ser desbravada lentamente!
Venha até mim como o vento...
com seu corpo moldado pelas minhas fantasias!
Me leve para os céus, meu amor...
enlaçada pelos seus braços...
Vamos rodopiar ao som dos nossos sussurros,
e nos perder nesta dança louca,
Traga-me de volta, meu amor,
ainda presa no seu abraço...
e me possua pra sempre!

Mercedez  D 2009
Photobucket

terça-feira, maio 22, 2012

Amar e Ser Amado - Castro Alves


Amar e ser amado! Com que anelo
Com quanto ardor este adorado sonho
Acalentei em meu delírio ardente
Por essas doces noites de desvelo!
Ser amado por ti, o teu alento
A bafejar-me a abrasadora frente!
Em teus olhos mirar meu pensamento,
Sentir em mim tu'alma, ter só vida
P'ra tão puro e celeste sentimento
Ver nossas vidas quais dois mansos rios,
Juntos, juntos perderem-se no oceano,
Beijar teus lábios em delírio insano
Nossas almas unidas, nosso alento,
Confundido também, amante, amado
como um anjo feliz... que pensamento!?





segunda-feira, maio 21, 2012

Os Poemas

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Mário Quintana

quinta-feira, maio 10, 2012

Interlúdio



No interlúdio entre o mistério
da noite e a descoberta do dia
Vi-te caminhando até mim,
Com seus braços estendidos
e com sorriso acolhedor!
Descobri-me embriagada,
Na neblina da tua chegada!
Veio pra mim como Cadmo
Depois de vencer o dragão!
Resoluto e apaixonado!
Veio pra mim, como sua única e
escolhida amada,
Agora ditosa, aconchegada a ti,
Posso voltar a dormir...
Leilah Libaino mar 2012

Deslumbramentos - Cesário Verde


Milady, é perigoso contemplá-la,
Quando passa aromática e normal,
Com seu tipo tão nobre e tão de sala,
com seus gestos de neve e de metal.

Sem que isso a desgoste ou desenfade,
Quantas vezes, seguindo-lhe as passadas,
Eu vejo-a, com real solenidade,
Ir impondo toilettes complicadas! ...

Em si tudo me atrai como um tesouro:
O seu ar pensativo e senhoril,
A sua voz que tem um timbre de ouro
E o seu nevado e lúcido perfil!

Ah! Como me estonteia e me fascina...
E é, na graça distinta do seu porte,
Como a Moda supérflua e feminina,
E tão alta e serena como a Morte!

Eu ontem encontrei-a, quando vinha,
Britânica, e fazendo-me assombrar;
Grande dama fatal, sempre sozinha,
E com firmeza e música no andar!

O seu olhar possui, num jogo ardente,
Um arcanjo e um demônio a iluminá-lo;
Como um florete, fere agudamente,
E afaga como o pêlo dum regalo!

Pois bem. Conserve o gelo esposo,
E mostre, se eu beijar-lhe as brancas mãos,
O modo diplomático e orgulhoso
Que Ana da Áustria mostrava aos cortesãos.

E enfim prossiga altiva como a Fama,
Sem sorrisos, dramática, cortante;
Que eu procuro fundir na minha chama
Seu ermo coração, como um brilhante.

Mas cuidado, milady, não se afoite,
Que hão de acabar os bárbaros reais;
E os povos humilhados, pela noite,
Para a vingança aguçam os punhais.

E um dia, ó flor do luxo, nas estradas,
Sob o cetim do Azul e as andorinhas,
Eu hei-de ver errar, alucinadas,
E arrastando farrapos - as rainhas!
Cesário Verde

quinta-feira, abril 19, 2012

Sabe por que Eu sumi...


Queria te dizer uma coisa:
Sabe por que eu sumi...
Porque quando vou te encontrar
Sofro antes, durante e depois de te ver!
e quando estou diante de ti, as palavras somem
e quando falo com você só digo bobagens
e faço brincadeiras desconexas
Sei que parece covardia,
mais penso que é sabedoria...
entre nós houve um passado,
no presente estamos afastados,
mas me iludo querendo com você ter um futuro!
Mas a verdade não dita:
é que sumi, com anseios que me procurasses
que a saudade te sufocasse...
Que pros meus braços voce retornasse!
E que nunca mais sumir, eu precisasse!

Leilah Libaino (jan 2012)

Naquele Instante...


Naquele primeiro instante
No crepúsculo de um dia especial
Aconteceu nosso encontro mágico
foi como algo sobrenatural!
Amiúde... Imaginei-me nos seus braços!
Decorridos tantos anos...
Nossos olhos se encontraram
Na imensidão de nossos pensamentos
As palavras naufragaram...
Sozinhos, envoltos no véu da saudade
Insciente se era sonho ou realidade...
No silêncio daquele quarto
Nossas mãos ensandecidas...
Naquele instante...
Em meio às sombras...
Pela primeira vez
nossos corpos se fundiram...
E o amor real se fez...

Leilah Libaino (publicada em maio 2011)

segunda-feira, abril 02, 2012

Eu gosto do Impossível - Bob Marley


Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.
Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina.
Eu amo de verdades aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico.
Bob Marley

quinta-feira, março 08, 2012

Vous, la Mer et le Rien - Você, o Mar e o Nada

Você é o Mar; Mistério e serenidade.
E eu, na sua presença, 
apenas um velho tronco
Devastação de velas antigas - 
que sonho com os segredos de seu abismo
Eu queimo com seus perfumes e murmúrios
Mas, impotente, me conforme 
com a sedução de sua brisa frívola!
Paul Cent


terça-feira, março 06, 2012

Sozinho - Bob Marley

Sozinho, meu pensamento focaliza em alguém.
Deixo-o livre, e de repente meu coração aperta.
Mas não estou triste,
Pelo contrário deixo escapar um sorriso.
Comer não me parece tão importante,
Agora me sinto alimentado por outra coisa
Acordo sempre com os mesmos pensamentos
E os mesmos me impulsionam
a ter um grande dia quando eu te vejo,
Sinto coisas estranhas
Mas boas quando falo com você
Minha cabeça pensa direito
Mas minhas palavras saem embaralhadas
porque minhas mãos estão suando sozinho
Meu pensamento focaliza alguém,
Esse alguém é você é... estou amando.

Ausência - Vinícius de Moraes


Eu deixarei que morra em mim o desejo de mar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.

Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.

Eu deixarei... Tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.

Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.

Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

Sorri - Charles Claplin

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

domingo, março 04, 2012

Hoje à Noite -


Hoje à noite, como em um filme de amor!
Minha vida vai ser encenada!
Talvez como princesa ou plebéia!
Ou apenas mais uma pessoa enamorada!

Hoje à noite, testarei todas as minhas forças
reviverei através de outros, nossa linda história de amor!
Quantas vezes sorri e chorei com você!
Quantas vezes nos perdemos e nos reencontramos!

Hoje à noite, é nossa vida que passa na tela!
Será que poderíamos ter ficados juntos?
Será que você me amou como eu ate amei?
Será que poderíamos ter errado menos?

Hoje à noite, como em uma tarde de outono
recolherei junto a platéia, todas as folhas caidas!
Nunca mais te vi, nunca mais te beijei!
nunca mais te senti, nunca mais te toquei!

Hoje à noite, quando a sessão acabar!
Voltarei para casa como os outros!
Feliz por te vivido esta linda história,
e triste, porque como o filme, ela também acabou!
Mercedez D.

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Desejo - Gonçalves Dias



Amor -Alvares de Azevedo

Amemos! Quero de amor viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de Paixão!
Na tu''alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!
Quero em teus lábios beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d'esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!
Vem, anjo, minha donzela,
Minh'alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!
Alvares de Azevedo

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Soneto 2 - Luis de Camões



Eu cantarei de amor tão docemente, 
por uns termos em si tão concertados, 
que dous mil acidentes namorados 
faça sentir ao peito que não sente. 

Farei que amor a todos avivente, 
pintando mil segredos delicados, 
brandas iras, suspiros namorados,
temerosa ousadia e pena ausente.

Também, Senhora, do desprezo honesto 
de vossa vista branda e rigorosa, 
contentar me hei dizendo a menos parte.

Porém, para cantar de vosso gesto 
a composição alta e milagrosa, 
aqui falta saber, engenho e arte.

Luis de Camões

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Antes de Amar-te - Pablo Neruda


Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.

Adeus, Meus Sonhos! - Alvares de Azevedo



Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! Votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
E minh'alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus?
Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já não vejo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
Alvares de Azevedo

segunda-feira, janeiro 30, 2012

Sobre a Verdade


Às vezes nos parece insano, mas muitas vezes acreditamos em verdades não ditas, duvidando das próprias palavras.
Perdoe-me quem faz da mentira uma arma para sobrevivência!
Eu acredito que a verdade pode até ser omitida (tem seu preço e prazo),
porém por mais dura que seja, ela liberta nossas almas.
Como é melhor ouvir uma dura verdade, do que se perder em um mar de suposições.
Se na sua vida houver alguma verdade inconfessável,
não a cubra com mentiras, pois será muito pior a dor na hora da descoberta.
Se possível tente sepultá-la, apenas com você, e tentar seguir em frente...!

As vezes me pego pensando, como é difícil viver em um mundo,
onde as pessoas não acreditam umas nas outras, as vezes é tão difícil
compartilhar alguma tristeza ou mesmo uma grande alegria,
se quem te ouve, primeiro duvida do que você esta falando,
e quando acredita, acha que está fazendo um grande favor...

Se você tenta ser sempre sincera, você é considerada louca!
Se você se cala, as pessoas pensam que você esta escondendo alguma coisa!
Se você fala muito, as pessoas não acreditam em você!

Quando alguém falar alguma coisa pra você, apenas escute, não suponha, não duvide, nem julgue, apenas ouça!
Leilah Libaino jan 2012

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Soneto 4 - Luis de Camões

Tanto de meu estado me acho incerto,
que em vivo ardor tremendo estou de frio;
sem causa, juntamente choro e rio,
o mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto, um desconcerto;
da alma um fogo me sai, da vista um rio;
agora espero, agora desconfio,
agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao Céu voando, 
num'hora acho mil anos, e é de jeito
que em mil anos não posso achar ü'hora.

Se me pergunta alguém porque assim ando, 
respondo que não sei; porém suspeito
que só porque vos vi, minha Senhora.

Luiz de Camões

Se Eu Morresse Amanha - Alvares de Azevedo


Se eu morresse amanhã, viria ao menos
fechar meus olhos minha triste irmã,
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
Que sol! Que céu azul! que doce n'alva
Acorda ti natureza mais louca!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
Alvares de Azevedo


terça-feira, janeiro 10, 2012

Meu Destino - Cora Coralina


Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes -
íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida...
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado
com a pedra branca
da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos
juntos pela vida...

Cora Coralina